Dicas de Saúde 31 de Julho de 2014

Saber envelhecer

 Por muito tempo os idosos foram subestimados e taxados como inválidos ou que não consegue fazer nada sozinho, mas isso está longe de ser verdade. Nossa realidade mostra que homens e mulheres com mais de 60 anos estão ativos, levando suas vidas com saúde e um sorriso no rosto. No entanto, mesmo com essa mudança de paradigma, é importante entender que o envelhecimento traz muitas mudanças, e devemos estar cientes que a melhor maneira de controlar–las é se prevenindo e incentivando um envelhecimento saudável.

Cuidados com a alimentação, prática de exercícios, controle de estresse e doenças, assim como consultas médicas periódicas, têm relação direta com a manutenção da qualidade de vida e a prevenção de doenças desde a juventude.

Confira as principais mudanças na terceira idade e entenda melhor esse processo: 

Dificuldades no paladar

A partir dos 60 anos, é comum ocorrer no idoso uma diminuição na capacidade de perceber gostos doces e salgados dos alimentos, enquanto os sabores ácidos e amargos se mantêm inalterados. O que também pode alterar o paladar é o uso de certos medicamentos, um dos motivos no qual, os idosos tendem a acrescentar mais sal ou açúcar aos alimentos.

Alterações no olfato

Considerando que no processo de envelhecimento existem diversas alterações sensoriais, o olfato também pode ser afetado. Alterações como o aumento de tecidos moles e atrofia das glândulas mucosas - muitas vezes ocasionando o ressecamento do muco nasal e consequentemente a obstrução nasal - podem explicar as dificuldades de identificar odores. Um dos sinais de alerta de perda olfativa é a diminuição do peso em consequência da perda de apetite. O tratamento depende da causa, mas é recomendado que o acompanhamento seja feito por uma equipe multidisciplinar.

Dificuldades em fazer várias tarefas ao mesmo tempo

Existe uma área do cérebro responsável pelo que os especialistas chamam de atenção dividida - que é ativada quando precisamos prestar atenção em duas ou mais tarefas ao mesmo tempo. A partir da meia-idade ou após os 70 anos, ocorre um declínio normal das funções cognitivas, podendo repercutir na memória e nesse tipo de atenção. Durante o processo de envelhecimento é comum as pessoas apresentarem falhas no controle do excesso de informações e na manutenção de informações irrelevantes durante execução de uma tarefa. Isso torna mais lenta a nossa capacidade de alternar de uma tarefa para outra, prejudicando o desempenho. Outro sinal comum de que a atenção dividida do idoso está comprometida é o fato de ele não conseguir se lembrar de assuntos que foram comentados durante uma refeição ou enquanto ele estava assistindo televisão, por exemplo.  

Pele ressecada

A pele é o órgão que mais demonstra os sinais de envelhecimento. Muitas alterações decorrentes da idade, como perda de tecido de sustentação de gordura subcutânea, diminuição dos pêlos, alteração na distribuição de pigmentação de pele e diminuição de glândulas sudoríparas e sebáceas, ocasionam uma pele mais ressecada, frágil e sem a preservação de elasticidade. A pele dos idosos também tende a ficar mais ressecada devido à redução da quantidade de água corporal nessa fase da vida. Entre os cuidados para esse problema estão à ingestão de água, banhos com sabonete neutro e água morna e aplicação de um hidratante corporal após o banho.  

Distúrbios da visão

Problemas relacionados à visão podem impedir ou dificultar a independência dos idosos na realização das atividades diárias. Com o envelhecimento, ocorre uma redução na acuidade visual e na acomodação à luminosidade, bem como na clareza da visão noturna e do campo de visão periférico. Para evitar pequenos desconfortos, o ideal é manter a iluminação permanente, uma vez que a adaptação dos idosos a mudanças de luz torna-se mais lenta. Entre as alterações visuais mais frequentes, os especialistas citam presbiopia, catarata, glaucoma, degeneração macular e retinopatia diabética. É importante a prevenção por meio da investigação e acompanhamento médico precoce dessas alterações, uma vez que elas são comuns na faixa etária. 

Qual era a palavra mesmo?

 Sentir dificuldade para encontrar o termo certo durante uma conversa é muito comum em idosos. Isso acontece porque a capacidade de processar as informações fica mais lenta e a atenção também pode estar alterada, prejudicando assim a memória de trabalho e memória episódica (memória de histórias e eventos do próprio passado). Quando há falta da atenção, a manutenção de informações pela memória fica prejudicada, dificultando a lembrança de palavras durante uma conversa. O melhor a fazer nesses casos não é completar as palavras pelo idoso ou então repreendê-lo. Tente dar pistas que possam ajudá-lo a lembrar da palavra por si, de forma que ele exercite sua memória.

 Manter o equilíbrio

Com o passar da idade, o corpo sofre alterações no controle da postura e do andar, que desempenham um papel importante no equilíbrio dos idosos. As dificuldades na regulação das respostas relacionadas à velocidade e precisão dos movimentos, causando assim um desequilíbrio. Outro fator que pode gerar desequilíbrio nos idosos são alterações no sistema vestibular, como a labirintite. As atividades físicas contribuem para ganho de força muscular, amplitude de movimento, percepção corporal e melhora os reflexos, podendo auxiliar na prevenção de quedas e alterações do equilíbrio.  

Reflexos e raciocínio rápido

As funções cognitivas como memória, raciocínio, velocidade de processamento e reflexos tendem a diminuir conforme os neurônios vão envelhecendo. A melhor maneira de prevenir essa degeneração é adotando hábitos saudáveis, como dieta balanceada, prática de exercícios e controle de estresse e doenças, assim como consultas médicas periódicas. 

Músculos e ossos mais fracos

Para entender porque os músculos e ossos ficam mais fracos, é importante saber que nossos ossos crescem somente até os 20 anos e sua densidade aumenta até os 35 anos, começando a perder-se progressivamente a partir disso. O mesmo acontece com os músculos: a partir dos 65 anos de idade, nossa massa muscular vai sendo perdida, cerca de 1% a cada ano. Pessoas que praticaram exercícios durante a juventude e mantiveram hábitos que contribuíram para o fortalecimento desses órgãos possuem um "pico" de massa óssea e muscular maior do que as pessoas que não mantiveram bons hábitos, e por isso demoram mais a apresentar problemas nesses sistemas. No entanto, pessoas que não possuíam altos picos de massa muscular e óssea tendem a sofrer de problemas como osteoporose e sarcopenia mais rapidamente.

 


Fonte: Saúde ig, Minha vida.

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