Notícia 06 de Abril de 2016

Entenda a gripe H1N1 e se proteja contra o vírus

 

A gripe H1N1 já se espalha por mais de dez estados no país. O alto número de infectados antes mesmo do inverno assustou famílias de todo o Brasil e deu início a uma corrida por vacinas, remédios e muito álcool em gel para tentar evitar a doença.

Todo o receio com a gripe A começou em 2009, quando o vírus apareceu pela primeira vez e pouco se sabia sobre ele. Após sete anos, médicos afirmam que não é preciso entrar em pânico, uma vez que a ciência conseguiu estudar a influenza A e criar remédios e vacinas para tentar controlar a doença. "Desde sua primeira aparição estamos observando o H1N1, agora temos boas armas para prevenir o contágio, tratar e combater o vírus. É preciso manter a calma e seguir o tratamento", afirma Francisco Mazon, pneumologista da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia e professor da Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo).

A gripe H1N1 é uma doença respiratória aguda e é diferente de uma gripe comum por ser causada por um subtipo distinto do vírus influenza. "Fundamentalmente temos duas famílias do vírus influenza: a família A, que conta com a H1N1 e a H3N2, por exemplo, e a B, que é a gripe mais comum, mas basicamente são gripes", diz Mazon.

 

Os sintomas são diferentes da gripe comum?

Na verdade, os sintomas da H1N1 são iguais aos das gripes que estamos acostumados: dor no corpo, fraqueza, mal-estar, febre alta, tosse, espirros e dor de cabeça. O que acontece é que os sintomas podem ser mais fortes que os de uma gripe corriqueira, e os pacientes costumam sentir falta de ar e dificuldades respiratórias.

Como se pega o H1N1?

Para pegar o vírus é preciso entrar em contato com a saliva ou secreções respiratórias de uma pessoa infectada. Geralmente, a contaminação se dá quando doentes espirram ou tossem. "As gotículas, repletas de partículas infectantes, podem cair sobre superfícies e objetos, onde o vírus pode ficar ativo por dez horas", afirma Carolina Lázari, infectologista do Fleury Medicina e Saúde. Quem tocar locais contaminados e em seguida levar as mãos ao nariz, boca ou olhos, pode se contaminar.  

Quem corre mais riscos com a doença?

O Ministério da Saúde selecionou o público-alvo da doença, que inclui: crianças de até 5 anos, grávidas, índios, idosos, trabalhadores da saúde e portadores de doenças crônicas. Esses grupos são os mais sensíveis ao vírus e podem ter complicações caso sejam infectados. Por isso, as campanhas de saúde priorizam esses pacientes.

Quando preciso ir ao hospital?

Se você está no grupo de risco, deve procurar um médico. Se não, o médico é indicado caso os sintomas sejam muito intensos ou se o paciente tiver falta de ar - por risco de pneumonia. "Uma pessoa jovem, saudável, com quadro febril de 38,5°C, dor de cabeça, tosse ou espirros, não precisa procurar o médico, pode tratar como uma gripe. Caso o mal-estar fique intolerável, a febre seja de quase 40°C, é preciso ir ao um médico", diz Nancy Bellei, infectologista da Unifesp.

Como é o tratamento?

Os pacientes do grupo de risco, como grávidas, crianças e idosos devem tomar o Tamiflu (oseltamivir). Normalmente é preciso tomar a cada 12h por cinco dias, mas o período pode se estender por dez dias. Mas não é todo caso que precisa deste remédio. "Para os que estão fora do público-alvo e não correm riscos de complicações, o H1N1 pode ser tratado com remédios analgésicos, anti-inflamatórios e até xaropes, se o paciente tiver tosse", afirma Mazon.

Como posso me prevenir?

As medidas mais importantes são a higienização das mãos com frequência, com água e sabão ou álcool gel. Além disso, é recomendável manter os ambientes arejados, ventilados e limpos, e evitar locais fechados ou com grande número de pessoas. Alimentar-se bem também ajuda a manter o corpo saudável.

Fonte: UOL Notícias

 

 

 

 

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