Dicas de Saúde 15 de Maio de 2018

Pré e pós-operatório exigem cuidados

Muitas dúvidas dos pacientes que querem se submeter a uma cirurgia bariátrica se referem aos procedimentos pré-operatórios. A enfermeira do ambulatório da Santa Casa, Érica Moraes dos Santos Eccard, chama atenção para a importância do preparo para fazer o procedimento. "Às vezes o paciente não tem condições financeiras de comprar o que precisa e falamos isso antes para ir se organizando. É preciso comprar uma cinta cirúrgica; tem que adquirir medicamentos e depois da cirurgia ele deve adquirir suplementos."

Ela orienta também sobre medicações e a obrigatoriedade do jejum. "Explicamos o que pode comer um dia antes da cirurgia, porque antes de passar pela redução do estômago muitos querem comer tudo o que podem e isso é proibido", alerta. Durante o período que antecede a cirurgia, os pacientes têm acompanhamento constante, em grupo, com nutricionista. Dependendo do caso, o atendimento pode ser mais individualizado. A intenção é iniciar a pessoa no processo de reeducação alimentar.

Segundo Daniela Samiec, nutricionista que atende no laboratório do SUS da Santa Casa, é passada uma dieta pré-cirúrgica. "Explicamos sobre a necessidade da mastigação adequada, de se alimentar mais vezes ao dia, da prioridade para alimentos mais saudáveis. No sobrepeso, tem que começar a cuidar bem antes", ressalta. Depois da redução de estômago, a orientação continua e focada em uma reabilitação repleta de nutrientes e que deve ser seguida com seriedade.

A primeira consulta pós-cirurgia acontece 21 dias depois da operação e vai aumentando o tempo até receber alta médica. Em situações específicas, o acompanhamento precisa ser mantido. "Nos primeiros 21 dias depois da cirurgia a alimentação deve ser líquida, com tudo sendo coado, porque é o período de cicatrização. Após isso podem ser consumidos alimentos cozidos. Precisa ser gradativo para que o estômago acostume", esclarece.

PSICOLOGIA

Não são apenas as preocupações em relação à alimentação que envolvem a gastroplastia redutora. A mente é fator fundamental para o procedimento e recuperação. A psicóloga do ambulatório, Paula Barbosa Minetto, conta que são quatro consultas em grupo antes da cirurgia. Cada uma cuida de uma parte que credencia se o paciente está ou não em condições de ser operado. Ela destaca que a obesidade, na maioria das vezes, está ligada a fatores emocionais e problemas psicológicos, como ansiedade e depressão.

"A pessoa acaba comendo pela emoção e angústia. Ajudamos os pacientes a identificar a diferença da fome física para a emocional, e a questão da saciedade. A barriga é operada e não a cabeça. É de extrema necessidade seguir o que é passado. Temos caso de paciente que comeu macarrão 15 dias depois da cirurgia e acabou morrendo por conta disso. Não adianta se preocupar em ter um corpo magro, mas sim em ter um corpo saudável", pontua. A baixo autoestima e a superação das situações de bullying também são trabalhadas pela psicóloga, que continua o atendimento até atingir um ano após a cirurgia. (Colaborou V.O.)

Fonte: Folha de Londrina - FolhaWeb 

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